Segundo a Polícia, o acusado de 29 anos, tem ligação com a facção criminosa e foi um dos olheiros responsáveis por indicar ao atiradores, o local e horário de chegada de Vinicius.
A Polícia Civil divulgou nesta terça-feira (19), a identidade de um dos homens acusados de participação na morte de Vinicius Gritzbach, delator do PCC, ocorrido na tarde do último dia 08 de Novembro, no Aeroporto Internacional de São Paulo.
Segundo a Polícia Civil, o acusado em questão, trata-se de Kauê do Amaral Coelho, de 29 anos.
Ainda segundo a Polícia, Kauê tem ligação com a facção criminosa PCC e foi um dos olheiros, pessoa responsável para passar aos atiradores, o exato momento da chegada e o local preciso, de onde estava Vinicius Gritzbach no aeroporto.
A identificação de Kauê se deu através de imagens obtidas pelo sistema de câmeras do aeroporto. De acordo com a Polícia, a identificação do acusado só foi possível através do sistema de identificação e cruzamento de dados da Polícia.
Conforme a Polícia, segundos antes de Vinicius Gritzbach passar com a namorada no saguão do aeroporto, Kauê é flagrado caminhando próximo ao local, trajando boné e roupas escuras, conversando durante ligação no aparelho celular com os possíveis atiradores.
Ele segue foragido e a Polícia divulgou uma recompensa de R$ 50 mil para quem localizar ou informar o paradeiro do suspeito. De acordo com a Polícia, a identidade será mantida em total sigilo.
A Polícia Civil fez uma operação durante a manhã desta terça-feira para prendê-lo, mas Kauê não foi encontrado em endereços ligados a ele.
De acordo com a Secretaria de Segurança Pública de São Paulo (SSP/SP), está comprovado que o acusado circulou pelo saguão do aeroporto e, assim que localizou Vinicius seguindo em direção ao desembarque, sinalizou aos atiradores que aguardavam a vítima na área externa.
Ainda segundo a SSP, Kauê é peça chave para identificar os autores e mandantes do crime.
Quem é Kauê
De acordo a Polícia Civil, Kauê foi preso por tráfico de drogas em 2022. Em outro caso, ele cometeu desacato contra um agente de trânsito.
No Boletim de Ocorrência (B.O), registrado no episódio, ele chegou a fazer ameaças ao agente de trânsito dizendo pertencer ao PCC.
O crime
Durante a ação, um motorista de aplicativo que estava no local, também foi atingido e morreu dias depois após passar por cirurgia. Outras três pessoas também ficaram feridas, mas sem risco de morte.
Investigadores da Polícia Civil e da Polícia Militar apuram quem mandou matar Vinicius, quem o assassinou e por quais motivos. Entre as hipóteses investigadas estão o envolvimento de Policiais Civis, Policiais Militares, um Agente Penitenciário, um devedor ou membros da facção criminosa (PCC) Primeiro Comando da Capital.
Além de delatar à Justiça integrantes do Primeiro Comando da Capital por lavagem de dinheiro, Vinicius Gritzbach delatou agentes da Polícia Civil, da PM e da Secretaria da Administração Penitenciária (SAP) por corrupção.
Um homem que devia R$ 6 milhões a Vinicius também é investigado. Ele pagou a dívida com joias em Alagoas. As joias estavam na mala de Vinicius no dia em que foi morto.
Fotos: Divulgação/Polícia Civil.
Fotos: Divulgação/Polícia Civil.
Tags
POLÍCIA