Garoto de 4 anos morre baleado durante troca de tiros entre PM e criminosos em Santos

Na ação, um suspeito de 17 anos acabou sendo baleado e morto pela PM. Já um outro de 15 anos, também foi baleado e segue internado em um hospital.


Uma criança, de 4 anos, morreu após ser baleada durante um confronto entre Bandidos e a Polícia, nesta quarta-feira (06), no Morro São Bento, em Santos, no litoral de São Paulo. 

Segundo informações da Polícia Militar (PM), a ação aconteceu durante um patrulhamento de rotina, por volta de 20h15m da última terça-feira (05), entre as Ruas São Sérgio e São Fernando.

Ainda segundo a PM, dois adolescentes, de 15 e 17 anos, foram vistos em atitude suspeita e ao receberem ordem de parada, receberam os Policiais a tiros. No confronto, o adolescente de iniciais G.R.V, de 17 anos, acabou sendo baleado e morto. 

Já o outro, também foi baleado e socorrido pelo os Policiais até o Pronto Socorro da Cidade, onde segue internado sobre escolta Policial. 

Durante a troca de tiros, Ryan da Silva Andrade Santos, acabou sendo baleado no abdômen. O garoto ainda foi levado as pressas para o Hospital, mas não resistiu e morreu nesta quarta-feira.

Familiares afirmam que Ryan foi morto com disparos feito pela a Polícia. A PM nega essa informação. Nesta quinta-feira (07), populares e familiares da vítima fizeram protestos na região contra a morte de Ryan. Com cartazes, eles pediam por Justiça.

O que diz a SSP

Em nota, a Secretaria da Segurança Pública do Estado de São Paulo (SSP), lamentou a morte de Ryan. Informou que a Delegacia Seccional de Santos, instaurou um inquérito para apurar os fatos e determinou a realização de Perícia nas armas apreendidas dos Policiais e dos criminosos, para esclarecer a origem do disparo que atingiu a criança.

Sepultamento e confusão

O corpo de Ryan Santos, foi velado e sepultado nesta quinta-feira (07), no Cemitério Municipal da Areia Branca, em Santos (SP).


O sepultamento foi marcado pela presença da Polícia Militar. Os Policiais acabaram discutindo com populares e o ouvidor das Polícias do Estado de São Paulo, Cláudio Aparecido da Silva.


De acordo com Cláudio, os Policiais estavam realizando abordagens a populares no momento do sepultamento, o que para ele, condiz uma falta de respeito: 

“Eu acredito que a Polícia Militar existe para ajudar as pessoas, mas neste momento a polícia não está ajudando ninguém aqui. Colocar uma viatura na porta do velório de uma criança que morreu com um tiro de fuzil da Polícia?", disse Cláudio. 

Segundo o Porta-voz da Polícia Militar, Coronel Emerson Massera, o tiro que a atingiu a criança provavelmente saiu da arma de um Policial. O caso segue sendo investigado.


Fotos: Divulgação/Redes Sociais.

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