O acusado de 53 anos, é réu pela prática dos crimes de lavagem de dinheiro e organização criminosa.
A Polícia Civil prendeu nesta terça-feira (16), o presidente afastado da empresa de transportes (UPBus) investigada pelo Ministério Público, por ter ligação com a organização criminosa Primeiro Comando da Capital (PCC), em São Paulo.
De acordo com informações da Polícia, a prisão aconteceu durante a Operação "Fim da Linha", que foi deflagrada em Abril deste ano.
Ainda segundo a Polícia, o acusado, Ubiratan Antônio da Cunha, de 53 anos, é réu pela prática dos crimes de lavagem de dinheiro e organização criminosa.
Segundo o Ministério Público (MP), a prisão foi decretada pela Justiça por descumprimento de medidas cautelares. Ubiratan estava proibido de ter contato com outros réus e com pessoas da cooperativa de transporte investigada.
Ainda de acordo com o MP, integrantes da cooperativa sucedida pela UPBus procuraram a Polícia e relataram que foram expulsos da Sede da Empresa pelo dirigente, no dia 5 de junho.
De acordo a Delegacia da Divisão de Investigações sobre Crimes contra o Patrimônio (DEIC), foram apreendidos no mês passado 23 armas de fogo, todas de propriedade de Ubiratan.
Armas apreendidas pela Polícia na casa do acusado. FOTOS: Divulgação/Ministério Público. |
Além das armas, também foram apreendidos o aparelho celular do acusado e o dispositivo de armazenamento de imagens do sistema de monitoramento da Empresa.
As investigações
As investigações
Em abril deste ano, a Justiça de São Paulo aceitou a denúncia feita pelo Ministério Público e transformou 19 alvos dessa operação em réus. Eles foram denunciados pelo Ministério Público pelos crimes de organização criminosa, lavagem de capitais, extorsão e apropriação indébita.
A denúncia feita pelo Ministério Público que revelou que, entre os anos de 2014 e 2024, uma pessoa que coordenava as atividades de tráfico do PCC e mais um outro indivíduo, ambos injetaram mais de R$ 20 milhões em recursos obtidos de forma ilícita em uma cooperativa de transporte público, da Zona Leste, que viria a se transformar na UPBus.
Isso viabilizou a participação da empresa na concorrência promovida pela prefeitura de São Paulo em 2015. Essas duas pessoas, segundo o MP, integravam o quadro societário da UPBus.
Fotos: Divulgação/Polícia Civil.