Três homens são presos em SP após se passar por juiz e falsificar sentenças da Justiça do Rio de Janeiro

Os acusados chegaram a aplicar golpes em pessoas, bancos e no próprio Tribunal de Justiça do Rio.


Três homens foram presos na região metropolitana de São Paulo, acusados de falsificarem decisões do Tribunal de Justiça do Rio de Janeiro. 

De acordo com informações da Polícia Civil, o grupo foi preso nesta terça-feira (27) nos municípios de Jacareí e São José dos Campos (SP). Eles foram levados na manhã desta quarta-feira (28) para à sede do Departamento Estadual de Investigações Criminais (Deic).

Ainda segundo a Polícia, os acusados Marcos Oliveira Lemos, Vitor Gustavo Ribeiro de Liveira e Luiz Henrique dos Santos Moreira, chegaram a aplicar golpes em pessoas, bancos e no próprio Tribunal de Justiça do Rio.

Um dos criminosos criou uma senha digital no sistema do TJ-RJ para se passar por juiz. Em um dos golpes, eles chegaram a desviar R$ 14 milhões da conta de um cliente falecido.

Durante a prisão, Marcos se identificou por outro nome e disse ser filho de um juiz federal do Paraná. Os agentes ligaram para o juiz que negou qualquer relação com o suspeito. Em uma das sentenças falsificadas pelos presos, eles solicitaram que o diretor jurídico do banco Itaú fizesse uma transferência de R$ 1,3 milhão.

A sentença, que foi assinada por Luiz Henrique como juiz de direito substituto, determinava ainda que multas diárias de R$ 10 mil que deveriam ser aplicadas à instituição em caso de descumprimento.


Além das prisões, foram apreendidos dois notebooks, cinco pendrives, 21 cartões bancários, dois carros de luxo, 31 perfumes importados, 9 relógios de grife, além de óculos, tênis e bolsas.

Os três suspeitos foram autuados em flagrante e vão responder por uso de documento falso, associação criminosa e lavagem de dinheiro. Durante a audiência de custódia, a Justiça converteu a prisão em flagrante em preventiva por tempo indeterminado.


Em nota, o Tribunal de Justiça do Rio de Janeiro disse que registrou uma tentativa de fraude no sistema, mas que não chegou a se concretizar.


Fotos: Divulgação/Polícia Civil.

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