Policial Militar acusado de matar lutador de jiu-jitsu se entrega à Polícia


O Policial Militar Henrique Otávio Oliveira Velozo, de 30 anos, apresentou-se à Corregedoria da Polícia Militar no final da tarde deste domingo (07), e foi conduzido ao Presídio Militar Romão Gomes, na Zona Norte de São Paulo.

De acordo com informações da SSP-SP (Secretaria de Segurança Pública de São Paulo), Henrique Velozo é acusado do homicídio de um dos maiores nomes da história do jiu-jitsu mundial, o Brasileiro Leandro Lo, de 33 anos, ocorrido na madrugada deste Domingo (07). O pedido de prisão concedido pela Justiça determinou a prisão temporária de 30 dias do autor do homicídio.

Henrique Otávio Oliveira Velozo também era praticante de jiu-jitsu.
FOTO: Divulgação/Redes Sociais.

Segundo informações do  Boletim de Ocorrência, Leandro Lo foi atingido por um tiro do lado esquerdo da cabeça após se envolver em uma briga com o PM de folga durante um show de pagode da banda Pixote, no Esporte Clube Sírio, em Indianópolis, região Sul de São Paulo.

Uma fonte ligada à família contou a imprensa que o autor do disparo se aproximou do grupo de amigos de Leandro e, em tom de provocação, chacoalhou uma garrafa de whisky que estava sobre a mesa. Para se proteger, o lutador deu uma rasteira no rapaz e o imobilizou. 

Assim que liberado, o homem andou poucos passos, quando a turma do "deixa disso" entrou em ação. Segundos depois, o tenente deu meia-volta e atirou a queima roupa contra Leandro. Uma das testemunhas relatou que o Policial deu ainda dois chutes em Leandro, mesmo já desacordado.

De acordo com o B.O. (Boletim de Ocorrência), testemunhas do homicídio reconheceram o autor do disparo por fotografia. O clube tem o controle da entrada dos frequentadores armados e apresentou as fotos às testemunhas.

De acordo com a assessoria de imprensa da Polícia Militar, o campeão mundial de jiu-jitsu foi encaminhado com vida ao Hospital Municipal Doutor Arthur Ribeiro de Saboya, onde teve morte cerebral confirmada.

Leandro Lo conquistou cinco Copas do Mundo da modalidade e ganhou oito Pan-americanos do esporte. FOTO: Divulgação/Redes Sociais.

O caso foi registrado como tentativa de homicídio pelo 16º Departamento de Polícia (Vila Clementino), que apura os fatos por meio de inquérito Policial. A Polícia Militar diz lamentar o ocorrido. A instituição instaurou uma apuração administrativa e colabora com as diligências.

Em nota, o Esporte Clube Sírio se solidarizou pelo “lamentável ocorrido” e informou que está colaborando com as autoridades responsáveis pela investigação, para que o “incidente seja esclarecido o mais rápido possível”.



Fotos: Divulgação/Redes Sociais.

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