Morreu na madrugada deste Sábado (25), o artista plástico Nicolas Vlavianos, aos 93 anos, em uma clínica da Capital Paulista.
Segundo informações da filha, Myrine Vlavianos, os últimos seis meses foram de idas e vindas ao hospital, com várias internações. Na última semana, tentava debelar uma infecção em uma clínica, mas não resistiu.
Nascido na Grécia em 1929, nos anos 60 veio pela primeira vez ao Brasil, como integrante da delegação grega na 6ª Bienal Internacional de São Paulo e, como conta a filha, acabou ficando e criou uma relação com a cidade. Deixou muitas marcas pela capital: tem obras espalhadas no Arouche, na Sé e no Parque da Luz.
Viúvo desde 2001 da artista plástica argentina radicada no Brasil Teresa Nazar, teve com ela uma vida ativa e dois filhos. Ao longo de sua trajetória, Vlavianos realizou exposições individuais nos mais importantes museus do Brasil, participou de exposições fundamentais da arte brasileira, criou obras para vários espaços públicos e, entre outras premiações, recebeu por três vezes o Prêmio da Associação Paulista de Críticos de Arte (APCA): em 1974, 2001 e 2017.
Mais recentemente, em 2017, a Estação Pinacoteca organizou “Vlavianos”, uma retrospectiva de desenhos e esculturas do artista desde os anos 60. A exposição foi a ganhadora do Grande Prêmio da APCA na categoria Artes Visuais do ano. No ano passado, o artista foi o autor da escultura “Victory”, entregue ao piloto de Fórmula 1 Kimi Raikkonen, que se aposentou das pistas em 2021 como o dono da mais longeva carreira de um piloto da categoria.
Vivendo e trabalhando em São Paulo há 60 anos, Vlavianos tornou -se, nas palavras do historiador e crítico de arte Walter Zanini, membro do círculo de valores principais da escultura moderna no Brasil.
O velório e a cremação do artista aconteceram na tarde deste sábado, em Embu das Artes, na Grande São Paulo.
Foto: Divulgação/Arquivo Pessoal.